Mesmo na lista suja da Petrobras, a Odebrecht recebeu R$ 5, 337 bilhões da estatal, de janeiro de 2015 a junho de 2018.
Em decorrência das revelações da Operação Lava Jato, a assinatura de novos contratos foi suspensa pela então presidente da Petrobras, Graça Foster, mas manteve vigentes os contratos assinados.
De acordo com o especialista em combate à corrupção Claudio Weber Abramo, cofundador da entidade Dados.org, os 13 contratos vigentes no período da lista suja somam R$ 10,970 bilhões. O montante repassado pela Petrobras antes da Lava Jato, de 2011 a 2014, foi menos volumoso, de R$ 2,617 bilhões.
No último dia 6, a Petrobras informou que assinou um termo de compromisso com o Grupo Odebrecht para levantar o bloqueio cautelar contra a empresa.
A decisão foi tomada depois de a Odebrecht firmar acordos de leniência com o Ministério Público Federal e com autoridades americanas e ter adotado medidas de prevenção, detecção e remediação de fraudes e corrupção.
A lista suja da Petrobras continua ativa para 14 empresas.
No site da transparência da estatal, as informações aparecem insuficientes. A estatal só passou a informar os valores que já foram quitados em contratos vigentes em fevereiro deste ano. O saldo a pagar é informado em seu valor bruto, sem correções previstas nos contratos. Não é possível saber o status dos contratos. A data de assinatura de contratos não é informada. São destacadas as datas de início e fim de vigência. Para a estatal, o procedimento segue as normas da transparência.
Mas negócios suspensos, como os da Sete Brasil, aparecem como ativos na página de transparência da estatal, embora, segundo a Petrobras, não tenham saído do papel.
Com informações da Folhapress
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