Monumentos de Salvador apagam as luzes para alertar sobre retinoblastoma

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Dois dos mais importantes símbolos da capital baiana, os Arcos da Montanha, no Centro, e o Monumento a Clériston Andrade, em Ondina, apagaram as luzes por alguns minutos, na noite desta quinta-feira (19). A ação fez parte do engajamento da Prefeitura de Salvador na campanha promovida pela Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca), com o objetivo de alertar para a importância do diagnóstico precoce do retinoblastoma, câncer ocular mais comum na infância.

O “apagão” faz uma alusão à cegueira, uma das consequências da doença. Assim como a capital baiana, diversas cidades em todo o Brasil também participaram do ato de conscientização. De acordo com o titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Alexandre Reis, o diagnóstico precoce e a assistência adequada aos pacientes com retinoblastoma são fundamentais.

“É o tumor ocular mais comum entre as crianças, com uma média de 400 casos por ano no Brasil. Se detectado em estágio inicial, é curável e tem grandes chances de preservação da visão. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para cura e prevenção da cegueira infantil”, afirmou.

Em Salvador, o Teste do Olhinho é oferecido pela SMS no Multicentro de Saúde Carlos Gomes e no Instituto de Cegos da Bahia, e deve ser feito logo após o nascimento do bebê e periodicamente até os cinco anos, faixa etária mais atingida pela doença. Os serviços de acompanhamento, tratamento e cirurgia são contratualizados e realizados pela Saúde municipal nos hospitais Aristides Maltez e Santa Izabel.

Os atendimentos relacionados à doença cresceram exponencialmente em Salvador de janeiro a julho de 2024, tendo como base o mesmo período do ano passado. Nos sete primeiros meses de 2023, foram registrados três atendimentos. Já este ano, no mesmo período, 24 atendimentos foram realizados, o que equivale a um crescimento de 800%.

Para o subsecretário municipal de Cultura e Turismo, Walter Júnior, é “absolutamente simbólico” apagar as luzes de importantes símbolos da cidade em solidariedade à causa. “Os monumentos, enquanto patrimônio material, são também um importante instrumento para manifestação de apoio a diversas causas. Já colorimos alguns monumentos em Salvador e dessa vez foi a vez de apagá-los para chamar atenção da sociedade para o apoio à cura deste câncer infantojuvenil e atenção ao diagnóstico precoce do retinoblastoma”, declarou.

O diretor Ângelo Magalhães, da Diretoria de Iluminação Pública (Dsip), vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), também fez questão de destacar a importância da ação para sensibilizar a população. “A conscientização sobre o retinoblastoma é crucial para salvar vidas. Apagar esses monumentos em alusão à cegueira é mais que um gesto simbólico – é uma forma poderosa de chamar a atenção da sociedade para a importância do diagnóstico precoce. Quanto mais cedo identificarmos a doença, maiores são as chances de tratamento e cura”, ponderou.

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