Morreu na madrugada desta sexta-feira (3) o ator e protagonista político-social Sérgio Mamberti, de 82 anos, em decorrência de falência múltipla de órgãos. Ele estava internado em um hospital da capital paulista, intubado e com infecção nos pulmões.
Segundo um dos filhos do ator, Carlos Mamberti, Sérgio havia sido internado em julho por 15 dias para tratar de uma pneumonia e chegou a passar por uma unidade de terapia intensiva (UTI). Ele se recuperou e teve alta.
Mamberti ficou conhecido por diversos papéis de destaque, como Dr. Victor, do Castelo Rá-tim-bum e produções da TV Globo, como A Diarista e Os Normais. Atualmente, esteve no elenco de 3%, série brasileira produzida pela Netflix. Também atuou como diretor em peças importantes no circuito paulista, como a premiada Um Panorama Visto da Ponte.
Sua estreia como ator foi no cinema, em 1966, com a comédia Nudista à Força, de Victor Lima. Depois, atuou em O Bandido da Luz Vermelha (1968), Toda Nudez Será Castigada (1973), O Homem do Pau Brasil (1980), A Hora da Estrela (1985), A Dama do Cine Shangai (1987). Participou ainda de filmes infantis como Xuxa Abracadabra (2003) e O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili (2006).
Também participou de novelas como As Pupilas do Senhor Reitor (1970), Brilhante (1981), Anjo Mau (1998), O Profeta (2007), Flor do Caribe (2013), Sol Nascente (2016) e Vale Tudo (1988).
Mamberti também era conhecido por ser um dos maiores articuladores culturais do país. Fundador e militante do PT, foi protagonista de dezenas de vídeos e campanhas do partido, tendo atuado com destaque na campanha pela libertação de Lula, de quem era grande amigo.
Na rede social, o ex-presidente Lula escreveu: “A sua contribuição para a cultura brasileira nos palcos, no cinema, na TV, na Funarte e no Ministério da Cultura, na construção de políticas públicas para as artes nacionais é imensa. Se o povo brasileiro o admirava pelo seu talento, quem o conhecia de perto o admirava pela sua humildade, carinho e inteligência”.
Assista a este depoimento de Sérgio Mamberti sobre a fundação do PT, gravado em 2017. “Os artistas, intelectuais, operários, estavam todos juntos ali”, relembrou o ator.
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