A prefeitura de Salvador enviou à Câmara de vereadores um projeto de lei, propondo reduzir o número de motoristas de transportes por aplicativos de 28 mil para 7.200, deixando sem trabalho cerca de 21 mil motoristas.
O projeto, previsto para entrar em votação no dia 28 de agosto, é alvo de polêmica entre os taxistas e os motoristas das plataformas digitais.
Após protesto de taxistas na tarde desta quarta-feira (14), em frente à Câmara de Vereadores de Salvador, um comunicado foi enviado pela Uber aos condutores parceiros, pedindo que pressionem os vereadores contra a retomada do projeto original de regulamentação.
“Apesar da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ter aprovado, em março, o relatório da vereadora Lorena Brandão (PSC) que garantia uma regulação equilibrada e preservava os direitos dos motoristas parceiros, há uma tentativa de retomada do projeto original, que inviabiliza a Uber e outros apps de mobilidade em Salvador”, diz o comunicado.
Um abaixo assinado elaborado pelo Sindicato dos Motoristas de Aplicativos, Condutores de Cooperativas e Trabalhadores Terceirizados em Geral do Estado da Bahia (SIMACTTER-BA), que circula entre os grupos de motoristas, pede a assinatura de pelo menos 2.500 condutores, além da população que já se acostumou com o uso do aplicativo de mobilidade.
“Querem deixar pais e mães de família sem renda. Criam burocracias como vistorias, restrições quanto a idade dos veículos tornado inviável a continuidade da atividade e praticamente transformando o serviço de viagens por aplicativos em Taxi. Com isso encarecendo as corridas, prejudicando os usuários, principalmente as pessoas mais pobres que hoje tem acesso a esse tipo de serviço de forma barata, limpa e segura”, afirma o manifesto.
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