Em seu terceiro ano de pandemia, os Estados Unidos estão sendo atingidos fortemente pela variante Ômicron da Covid-19. As internações pediátricas para infectados estão surgindo em muitas partes do país, com cerca de 800 novas internações por dia nos últimos três dias.
Ohio, Texas, Pensilvânia e Nova York foram particularmente atingidas. Até quinta-feira (23), havia 1.987 pacientes confirmados ou suspeitos de covid-19 pediátricos hospitalizados, um salto de 31% em 10 dias, de acordo com uma análise do Washington Post.
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Desde o início da pandemia, cerca de 7,4 milhões de crianças e adolescentes foram infectados, com mais 170 mil somados a esse total apenas na última semana, segundo a Academia Americana de Pediatria.
Médicos americanos entrevistados esta semana disseram que, embora estejam vendo resultados positivos recordes de testes de coronavírus infantil, a grande maioria dos casos até agora tem sido leve e se parece muito com o resfriado comum.
De fato, vários estudos, incluindo dois publicados esta semana na Escócia e na Inglaterra, sugerem que Ômicron está enviando menos pessoas no geral para o hospital. Mas as autoridades de saúde pública estão em alerta máximo sobre um grupo, crianças menores de 5 anos, que são o último grupo inelegível para vacinas nos Estados Unidos.
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No Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sob orientações do presidente Jair Bolsonaro, vem tentando impedir a vacinação das crianças. O Ministério chegou a lançar uma consulta pública sobre o tema, mesmo após análise e liberação da Anvisa.
A secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite, defendeu que a vacina contra o coronavírus é segura em crianças. “Antes de recomendar a vacinação, os cientistas realizaram testes clínicos com milhares de crianças e nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada”, escreveu no texto enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal).
O Ministério da Saúde deve decidir até 5 de janeiro de 2022 se irá imunizar a faixa etária de 5 a 11 anos contra a doença.
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