Para mães em favelas, pandemia torna tempo para cuidar dos filhos e da casa ainda mais escasso, diz estudo

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A pesquisa O Brincar nas Favelas Brasileiras, uma parceria do Instituto Locomotiva com o Data Favela, traçou um panorama da criação e da educação de crianças de até 6 anos de idade que moram em favelas, considerando ainda o impacto da pandemia de covid-19. Para dois terços das mães entrevistadas (66%), o cuidado com as crianças é a atividade que mais ocupa o tempo. Foram entrevistadas 816 mães, moradoras de favelas em São Paulo, Recife e Porto Alegre.

Segundo o estudo, divulgado na sexta-feira (28), 86% das mães entrevistadas têm a sensação de que, com a pandemia, o tempo se tornou ainda mais escasso para cuidar de si. De acordo com a pesquisa, 68% apontaram que têm encontrado pouco tempo para conciliar os cuidados com a casa e com as crianças.

Além disso, 63% das mães disseram ter dificuldade para ajudar as crianças nos estudos, devido à escassez de tempo; 62%, em conciliar o trabalho remunerado com os cuidados da casa e das crianças; e 50%, em encontrar tempo para brincar com as crianças. “Com a pandemia, tanto para as mães que já ficavam em casa, ou para aquelas que passaram a ficar, o maior tempo de convivência com os filhos não as levou, necessariamente, a participar mais ativamente dos momentos de brincadeiras, já que boa parte desse tempo acabou sendo preenchido por intermináveis tarefas domésticas”, segundo o estudo.

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