A deputada estadual Kátia Oliveira (União Brasil) solicitou ao Governo do Estado a implantação de um programa que ofereça cursos em período intensivo de empreendedorismo a jovens baianos. A indicação, apresentada na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), aponta a necessidade de incluir essa população na massa economicamente ativa, já que a Bahia é atualmente o segundo estado com o maior número de jovens em situação de desocupação do Brasil. A parlamentar sugeriu o nome da iniciativa de “programa Empreende Jovem”.
Segundo dados do Ministério do Trabalho, a Bahia possui cerca de 900 mil pessoas entre 14 e 24 anos (adolescentes e jovens) que não estão na escola e nem trabalham – conhecidos como os ‘nem-nem’. Ainda no projeto, a parlamentar argumenta que, segundo dados de 2023 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), cerca de 20% dos jovens baianos estão desempregados.
“Diante desse cenário tão desolador de falta de oportunidades para os jovens, sobretudo para mulheres e afrodescendentes, é fundamental que o Governo do Estado faça a sua parte. Estamos falando de uma geração inteira de pessoas que não têm perspectiva de futuro. Uma estratégia eficiente para combater essa escassez de oportunidades é incentivar o empreendedorismo, chegar junto da garotada e estimulá-los a criar os seus próprios negócios, aproveitando toda a criatividade e energia que possuem”, explica Kátia Oliveira.
A ideia do Empreende Jovem é oferecer cursos direcionados ao empreendedorismo, em áreas como elaboração de plano de negócios, matemática financeira, gestão de fluxo de caixa, estratégias de marketing e publicidade, administração do tempo, legislação comercial, além de técnicas de venda e de negociação. A proposta é que os cursos tenham duração de 3 a 6 meses e sejam desenvolvidos dentro do ambiente escolar ou em parceria com organizações sociais e associações comunitárias.
“Neste caso, não basta ao Estado oferecer os cursos, será preciso também dar a mão aos jovens, atuando na incubação e aceleração dos projetos de negócios que surjam ao longo dessa trajetória. É possível oferecer editais de seleção e promover feiras em que os participantes do programa tenham a oportunidade de interagir com potenciais ‘investidores anjo’, que também serão captados pelo Governo do Estado”, completa Kátia Oliveira.