Alguns indivíduos que já se infectaram e sobreviveram ao Novo Coronavírus estão apresentando sequelas no organismo, a exemplo da perda persistente do olfato e do paladar, mesmo após o desaparecimento dos demais sintomas da Covid-19 e da criação de anticorpos pelo organismo.
De acordo com o médico e presidente da Associação Baiana de Otorrinolaringologia, Marcos Juncal, “a maioria das pessoas fica sem sequela alguma, mas geralmente os pacientes que tiveram quadros mais graves e que exigiram internação, suporte em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ventilação mecânica têm maiores chances de eventuais consequências. Entre as mais comuns estão a perda do olfato e paladar, tosse seca, ardor nasal e cansaço. Esses sintomas podem, inclusive, perdurar por meses”.
O otorrinolaringologista explica que a maioria das infecções respiratórias apresenta um neurotropismo, em que o vírus tem a habilidade de infectar o sistema nervoso periférico, provocando anosmia (perda da capacidade do olfato) acompanhada de coriza e congestão nasal. “No caso do SARS-COV2 é diferente, podendo a perda de olfato e do paladar (disgeusia) acontecerem de forma súbita, independentemente do comprometimento respiratório”, afirma.
Marcos Juncal conta que a causa dessas sequelas ainda está sendo investigada, tendo em vista que a Covid-19 é uma doença nova, recém-estudada pela comunidade científica. Portanto, para evitar estas e outras sequelas ainda desconhecidas, a prevenção é a forma mais eficaz de combate ao Novo Coronavírus. “Use máscara, evite aglomerações, higienize as mãos com água e sabão e/ou álcool em gel 70%, mantenha o distanciamento social e vacine-se se fizer parte dos públicos prioritários e se houver disponibilidade do imunizante”, conclui o médico.
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