A Polícia Federal (PF) garantiu, nesta sexta-feira (10), que os dados do site do Ministério da Saúde não foram criptografados após um ataque cibernético durante esta madrugada.
Entretanto, houve comprometimento de sistemas de notificação de casos de Covid-19, do Programa Nacional de Imunização (PNI) e do ConectSUS. Agentes da PF conseguiram identificar e bloquear a conta que acessou o portal da pasta.
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Segundo a PF, um inquérito policial foi instaurado para apuração de autoria e materialidade dos crimes previstos no Código Penal: Artigo 154, “invasão de dispositivo informático” e Artigo 266, “interrupção ou perturbação de serviço informático, telemático ou de informação de utilidade pública”. A pena vai de dois a cinco anos e multa, e de um a três anos, respectivamente.
Ataque de ransomware
Antes do site do MS sair do ar, uma mensagem do grupo que supostamente cometeu o crime foi exibida. O Lapsus$ Group, que assumiu a autoria do ataque cibernético, diz que 50 terabytes de informações foram retirados do sistema e estão em posse do grupo. “Nos contate caso queiram o retorno dos dados”.
O ataque aconteceu por volta da 1h da manhã. Cerca de duas horas depois, a mensagem saiu do ar e o endereço está indisponível para acesso desde então.
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O portal sofreu um “ransomware”, ataque caracterizado pela paralisação do sistema seguido de um pedido de resgate para liberação.
Quarentena para não vacinados adiada
Após a invasão, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou que a quarentena de cinco dias para viajantes não vacinados contra a Covid-19, que seria estabelecida a partir deste sábado (11), foi adiada para o dia 18 de dezembro.
“O Ministério está estruturando algumas ações que vão ser tomadas em função da indisponibilidade em especial do sistema da vacina”, disse o secretário-executivo.
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“Mas uma decisão posso antecipar. Estive na Casa Civil, e a gente vai postergar a vigência da portaria que trata das fronteiras. Em especial, aqueles itens que falam sobre a apresentação do certificado de vacinação, ou, em caso contrário, o cumprimento da quarentena”, complementou.
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