População do povoado do Mineiro em Itamari reclama de lixo acumulado nas ruas

Prefeito diz que coleta é feita diariamente e que montante de lixo pode ter sido casual

Moradores do Povoado do Mineiro, zona rural de Itamari, município a 330 km de Salvador, reclamam da quantidade de lixo espalhado pelas ruas e pontos de coleta. Eles dizem que a situação ocorre há anos, porque o serviço não é feito de forma regular. A informação é do jornal A Tarde.

Dona Maria Angélica, de 62 anos, que mora no povoado há mais de 20, disse que a situação está causando transtornos, tanto que ela não consegue mais dormir por causa dos urubus. “Há muitos anos já não durmo no meu quarto por causa dos urubus no meu telhado ao amanhecer”, conta.

O mal cheiro devido a sujeira espalhada nos caminhos da pequena vila de Itamari tem contribuído com o agravamento da saúde dos idosos que moram no local. “Tem muito lixo, esgoto, matos, urubus, cobras… Aqui na rua todos os moradores são idosos e merecem respeito”, afirmou Dona Angélica na rede social, indignada. Veja abaixo:

Para a senhora Delzenita Luz, de 72 anos, outra moradora do povoado, na tentativa de diminuir a sujeira que excede os vasos de coleta, vizinhos queimam o lixo. “De noite põem fogo no lixo, eu sou alérgica, não me sinto bem e mesmo fechando todas as portas eu passo mal”, disse Dona Delzenita. Ela também reclama de uma ponte que foi derrubada na última enchente e até hoje não foi consertada. “Não tem ponte, a chuva levou e agora só tem um pau pra gente passar, por isso não dá nem pra jogar o lixo do outro lado”, explicou.

Em resposta ao A Tarde, o prefeito, Dr. Tom (PP), informou que a coleta de lixo existe e é diária. “Trocamos todos os caixotes de lixo, fazemos isso regularmente, e ainda ampliamos o serviço. A informação não procede. Isso é politicagem!”, respondeu o prefeito.

Ao saber que o jornal tinha imagens do local, Dr. Tom informou que poderia ter sido uma casualidade. “Pode ter sido uma casualidade. Procederia se fosse uma prática rotineira, mas uma casualidade infelizmente pode acontecer”. Ainda segundo o prefeito, sua gestão tem feito “um trabalho participativo e com canal direto com a comunidade”.

Quanto à ponte citada por Dona Delzenita, o prefeito informou que “essa ponte tem mais de 12 anos quebrada e nós vamos fazer uma nova ponte de alvenaria”. Perguntado em quanto tempo isso aconteceria, ele respondeu: “precisa entrar no novo orçamento financeiro do município, porque depende de recursos”.

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