Voltado para o público juvenil, acontece no próximo dia 9 de março o curso de costura NegaNegona – Fortalecendo Raízes. Interessadas devem se inscrever de 6 a 9 de março, em endereço enviado posteriormente. O resultado das peças será apresentado no dia 16 de março em desfile realizado no youtube da marca criada pela estilista Claudia de Jesus.
A educadora e estilista Claudia fará um curso com metodologia mista, para ser mais didático. Podem participar do projeto adolescentes negros da Boca do Rio de 15 a 18 anos. “A ideia é despertar nestas meninas o gosto pela moda e a vontade de ter uma profissão dando esperança e as afastando da condição de vulnerabilidade social”, disse a estilista.
Este projeto vai além do cunho cultural. A moda identitária tem ganhado adeptos pelo mundo. Grandes marcas investem na cultura de raiz para despertar a consciência. O projeto, apresentado no youtube da estilista, será gravado na Escola Municipal Agnelo de Brito, que fica na Boca do Rio, e contará com o auxílio de uma costureira e uma assistente social.
Ao todo foram 10 meninas do bairro que aprenderam os primeiros passos para a criação de uma moda afro identitária. Por meio de inscrições on-line, as adolescentes serão selecionadas por critérios como frequência na escola em 2019, notas e vulnerabilidade.
Durante cinco horas, aprenderão a fazer moldes, cortar, escolher o tecido e dar acabamento e finalizar peças. Todo material será disponibilizado pela equipe de produção que respeitará todas as normas indicadas pela Organização Mundial de Saúde.
Todo o curso será gravado com o objetivo de propagar os ensinamentos ao maior número de pessoas. Ao final, as peças produzidas serão apresentadas com um desfile no qual as modelos serão as próprias alunas.
NegaNegona – Fortalecendo Raízes será um workshop que usa a internet como forma de romper as barreiras físicas. Será também um importante veículo para aqueles que desejem dar seus primeiros passos na criação da moda afro. O primeiro passo do projeto é trabalhar a autoestima das meninas, mostrar que elas têm potencial e são capazes.
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e do Centro de Culturas Identitárias-CCPI (Programa Aldir Blanc Bahia), via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
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