Promoção do esporte amador contribui para o desenvolvimento social de jovens em vulnerabilidade, aponta estudo

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Além dos benefícios para o corpo humano, a promoção do esporte também é benéfica para o desenvolvimento social de comunidades e jovens em situação de vulnerabilidade social. Conforme explicita o estudo “A prática esportiva como ferramenta educacional: trabalhando valores e a resiliência”, o esporte se caracteriza como uma ferramenta psicossocial educativa para jovens, principalmente para o ensino de valores cidadãos e resiliência.

A promoção do esporte amador traz relevantes benefícios socioeconômicos, em especial com a organização de competições nas comunidades. Campeonatos amadores incentivam a interação entre indivíduos de diferentes origens e classes sociais, criando um ambiente de integração. Além disso, competições como a Copa Cajazeiras, realizada em Salvador, também ajudam comerciantes locais ao atrair espectadores para os jogos, movimentando a economia local.

Nesse contexto, a especialista em eventos esportivos Moara Miranda destaca a importância de promover projetos voltados para o esporte amador. “Quando falamos do esporte amador, além da questão de saúde, há também a social. O esporte estimula o trabalho em equipe e a cidadania. É uma alternativa que desvia, a depender da comunidade, um jovem da violência, levando-o para outro caminho. Mesmo que não vá para o profissional, ele ganha perspectiva com um caminho mais saudável”.

A organização de eventos esportivos amadores movimenta a economia local, desde a criação de empregos temporários até o aumento do comércio. Outro ponto é a criação de uma base sólida de talentos e aficionados que ajudam a fortalecer o cenário esportivo local e nacional, fator que pode contribuir para a formação de novos atletas.

O esporte também é benéfico à saúde pública, principalmente ao se considerar a estimativa da OMS de que 81% dos adolescentes não se exercitam o bastante. A prática de atividades físicas, desse modo, configura-se como uma alternativa eficaz para a melhora do bem-estar e da saúde física da população no geral.

O estudo “Prática de atividade física para controle de diabetes, hipertensão e obesidade da população adulta na Atenção Primária à Saúde”, produzido pela Fiocruz Brasília e pelo Instituto de Saúde de São Paulo, confirma essa melhora ao detalhar que o aumento da atividade física reduz hospitalizações e custos relacionados ao tratamento de doenças crônicas. A prática regular de exercícios ainda reduz o sobrepeso e a obesidade, minimizando também os gastos com internações e medicamentos.

A especialista, com participação nas Olimpíadas de 2016 e nas Copas do Mundo masculina e feminina de 2014 e 2023, respectivamente, comenta que estimular o esporte é benéfico para o país, seja pelo desenvolvimento social gerado, mas também para a descoberta de novos talentos. “A Atividade física não é para estética, é para uma vida e velhice saudável. Estimular que jovens participem de atividades é essencial tanto para uma boa saúde, quanto para o fomento ao desenvolvimento esportivo no país. Assim, a promoção do esporte amador é importante tanto para a saúde pública e desenvolvimento social, quanto para o aparecimento de novos atletas”, conclui Moara Miranda.

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