Agência Brasil
Com a tendência de melhora no cenário epidemiológico da covid-19 no Rio de Janeiro, o Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19, conhecido como Comitê Científico da prefeitura, deve avaliar na próxima reunião a necessidade do uso de máscara de proteção em locais fechados.A informação é do secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz.
O uso de máscara em ambientes abertos não é mais obrigatório desde final de outubro e outras medidas restritivas, como limite de ocupação de ambientes, foram retiradas em novembro, antes do aumento de contaminação pela variante Ômicron, visto em janeiro. No início do ano, não foram impostas nem revistas as medidas restritivas.
De acordo com Soranz, a reunião do Comitê Científico estava marcada para o dia 14, mas foi antecipada para o dia 7 a pedido do prefeito, Eduardo Paes.
“Com um panorama epidemiológico mais favorável, nada mais correto do que a gente acompanhar esses dados com alteração das medidas. Claro que se em algum momento a gente ver aumento nos casos, nas internações, a gente pode voltar com alguma medida restritiva. Mas não é o que parece. Com uma alta cobertura vacinal, a gente está vendo outros países também retirando essas medidas restritivas, aqui no Rio de Janeiro não seria diferente”, disse o secretário.
Soranz adiantou também que deve ser definido um parâmetro de cobertura da dose de reforço da vacina contra a covid-19 para que o passaporte vacinal na cidade deixe de ser obrigatório. A cobertura atual na população adulta é de 99,1% com as duas doses e 53% com o reforço.
“A gente vai definir na reunião do comitê. Mas a expectativa é que chegando entre 70%, 80% da população adulta com dose de reforço, a gente possa retirar a cobrança do passaporte vacinal na cidade do Rio de Janeiro. A gente viu que mesmo com as aglomerações, mesmo com o intenso fluxo de turistas, a alta cobertura vacinal segurou o aumento do número de casos graves. Mas essa proteção e essa cobertura não duram para sempre”.
Soranz alertou que a falta da dose de reforço pode, inclusive, levar à reintrodução de variantes do novo coronavírus que já não circulam na cidade.
“A gente tem insistido muito com isso, porque pode ser uma falsa sensação de segurança achar que a gente está seguro por um período muito maior e não estamos se a gente não fizer a dose de reforço, a gente pode ter a reintrodução de uma variante que já passou, a gente pode ter um retorno da Delta, o retorno da Ômicron, o retorno de outra variante que já saiu da predominância do quadro de variantes na cidade”, alertou.