Professores de Rio Real estão cobrando do prefeito do município, Carroça (PP), o reajuste de 33,24% no piso salarial da categoria e ameaçam fazer greve caso as negociações não avancem. O aumento foi anunciado pelo governo federal no mês de janeiro e teve a maior correção desde o surgimento da Lei do Piso em 2008.
De acordo com a coordenadora da APLB-Sindicato no município, Rita de Cássia, a proposta da prefeitura foi um reajuste de 12%, bem distante dos 33,24% anunciados pela União. Recentemente, os professores chegaram a realizar uma manifestação de quatro dias e estavam dispostos a partir para uma greve.
“Quando o prefeito soube, ele marcou uma reunião para conversar com a coordenação da APLB. Foi então que ele fez a proposta de 12%, mas nós não aceitamos. A prefeitura recebeu mais de R$ 6 milhões já para o pagamento do reajuste do piso salarial referente a janeiro e fevereiro. Então, não é por falta de recursos”, afirmou a coordenadora.
A contraproposta feita pela coordenação regional da APLB foi que o pagamento dos 33,24% seja feito de forma escalonada. Uma nova reunião vai acontecer na próxima quinta-feira (24) para discutir o assunto. “Vamos ouvir o que eles têm a dizer. Caso a prefeitura não conceda o reajuste de 33,24%, que é um direito nosso, já aprovado nacionalmente, vamos partir para a greve”, disse a professora.
Segundo a professora, a prefeitura recebeu R$ 69 milhões de precatórios da educação. Deste total, 60% destes recursos devem ser destinados aos professores, enquanto 40%, para ações na área da educação.