Se fake news forem contidas, eleição “vira”, diz Haddad

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O candidato à Presidência, Fernando Haddad (PT), disse nesta quinta-feira (25) esperar que a diminuição da divulgação de notícias falsas o favoreça no próximo dia 28. Em encontro com a presidente da missão de observadores da Organização de Estados Americanos (OEA) para as eleições brasileiras, Laura Chinchilla, o candidato apresentou material que, segundo ele, comprova a disseminação de informações falsas contra sua candidatura e seu partido.

“Nós levamos ao conhecimento deles todo o material que comprova a utilização ilegal das redes sociais, em especial o WhatsApp, na campanha eleitoral no primeiro turno. Pedimos a eles para observar com bastante atenção o que pode acontecer de hoje para domingo”, ressaltou Haddad.

Para o candidato, sem a difusão maciça de fake news, ele tem grandes chances de reverter a vantagem do adversário Jair Bolsonaro (PSL), segundo as pesquisas de intenções de voto. “Se a gente conseguir evitar aquela avalanche de notícias falsas que circularam entre sexta e domingo do primeiro turno, eu acho que essa onda de virada que o Brasil está vivendo, que vivemos na cidade de São Paulo, pode chegar a um bom resultado eleitoral”.

A presidente da missão de observadores da OEA para as eleições brasileiras, Laura Chinchilla, disse, após o encontro com Haddad, que o Brasil enfrenta um fenômeno “sem precedentes” em relação a difusão de notícias falsas. Segundo ela, o fato preocupa o grupo de especialistas que deu o alerta já no primeiro turno das eleições.

“Outro fator que tem nos preocupado, e isso alertamos desde o primeiro turno, e que se intensificou neste segundo, foi o uso de notícias falsas para mobilizar vontades dos cidadãos. O fenômeno que estamos vendo no Brasil talvez não tenha precedentes, fundamentalmente, porque é diferente de outras campanhas eleitorais em outros países do mundo.”

A presidente da missão afirmou que recebeu por escrito as denúncias sobre o esquema supostamente financiado por empresários para o envio em massa de notícias anti-PT utilizando o WhatsApp. Ela disse que repassou as informações para as autoridades eleitorais e policiais brasileiras.

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