Servidores públicos fazem ato contra os cortes no orçamento da saúde e educação

Segundo servidores, ao invés de valorizar, Bolsonaro tem promovido o desmonte do serviço público

Servidores públicos das esferas municipal, estadual e federal, se reuniram nesta quarta-feira (26), em ato simbólico na frente da Reitoria da Universidade Federal da Bahia – UFBA, em defesa dos serviços públicos, contra os cortes orçamentários, as privatizações e a volta as aulas sem segurança.

“Estamos sendo violentamente atacados, e por isto nos manifestamos contra os cortes orçamentários na Educação e Saúde, contra as privatizações e contra a volta as aulas presenciais sem o máximo de segurança das vidas dos estudantes, dos profissionais da educação e familiares”, conta a professora da UFBA, Celli Taffarel.

Segundo os servidores, ao invés de valorizar o serviço público, o presidente Jair Bolsonaro tem promovido o desmonte do setor. Primeiro manteve a Emenda Constitucional 95, aprovada no Governo Temer, que congelou os investimentos do Estado Brasileiro por 20 anos. O SUS perdeu R$ 20 bilhões, apenas em 2019, com os cortes. Além disso, Bolsonaro suspendeu os concursos públicos para novos servidores, enquanto muitos deles estão se aposentando.

Dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal – ANFIP, mostram que até o final de 2019, o governo do Brasil tinha 607.833 servidores públicos na ativa, 22.856 a menos do que em 2018. Bolsonaro também congelou os salários dos servidores federais e pressionou os governadores para que eles apoiassem o congelamento dos salários dos servidores estaduais e municipais.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, o encontro dos servidores na Reitoria aconteceu de forma reduzida. “Evitamos aglomeração, nos protegemos seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), mantendo dois metros de distância um do outro, usando equipamento de proteção individual (EIP) e álcool gel”, completou Taffarel.

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