Por Agência Brasil
O ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, disse nesta sexta-feira (21) que o setor privado está cada vez mais presente nas rodovias do país. Foram feitos sete leilões “bem sucedidos” desde 2019. “A gente tá falando também, nesses sete leilões, de ter concessões no interior do país. O setor privado está operando hoje a BR 163, no Pará. Ela foi pavimentada pelo governo federal, e agora a manutenção e os investimentos estão sendo feitos pelo setor privado, no Pará. Pela primeira vez, uma concessão na Região Norte do Brasil”, diz. Sampaio foi entrevistado pelo programa A Voz do Brasil .
O ministro também citou a Belém-Brasília, a BR 153, que está sendo operada e mantida com investimentos da Ecorodovias. “Uma obra importante para nós, em torno de 600 km de duplicação também na BR 153. Investimento fundamental para que a nossa produção do Centro-Oeste siga em direção ao Arco Norte”.
A previsão é que ainda sejam feitos dois leilões em 2022, de dois lotes de rodovias paranaenses, e a BR 381, de Belo Horizonte a Governador Valadares (MG). “Dessa forma, a gente vai trazendo o privado para operar as rodovias que eles têm interesse, onde a gente percebe que tem a vocação, tem volume, fluxo para isso. O orçamento público vai sendo direcionado para outras fronteiras, como o interior do Piauí, do Maranhão, o oeste baiano”, disse.
Para o ministro, as concessões trazem segurança para a população. “As rodovias concedidas têm guincho, UTI, ambulância, tem um serviço. Caso você tenha um problema no seu veículo, rapidamente chega na situação. Isso tem salvado muitas vidas, porque o que a gente tem de mais importante quando tem um acidente é a rapidez no atendimento,” O Brasil tem cerca de 200 mil km de rodovias, sendo 85 mil km federais. Das federais, 13 mil km são concedidos à iniciativa privada. “As rodovias federais são fundamentais para integrar nosso país”;
O ministro da Integração disse que cada vez mais o Brasil tem utilizado a Região Norte para escoar produção. “Nós temos hoje o Brasil como maior produtor de soja do mundo, maior produtor de algodão do mundo, o maior produtor de proteína animal do mundo, maior produtor de bebidas do mundo. Somos o terceiro maior produtor de minérios do mundo, ou seja, o Brasil é uma grande potência, e a gente precisa fazer com que nossa produção chegue com maior eficiência aos nossos portos. A saída pelo Norte tem se mostrado a melhor alternativa. Toda produção acima do paralelo 16, que corta Goiás, Tocantins, Centro-Oeste, pegando Mato Grosso, a gente quer que saia pelos portos do Norte”.