Se não bastassem todos os problemas causados pela pandemia e pelo governo Bolsonaro, os trabalhadores da Tequimar/Ultra (Terminal Químico Aratu), no Polo Petroquímico de Camaçari, têm vivido um clima tenso de assédios dentro da empresa. A reação dos trabalhadores, que ameaçam paralisar as atividades na Tequimar, pode comprometer o funcionamento de empresas que dependem de matérias-primas e insumos do Porto da Tequimar.
Além da falta de segurança no ambiente de trabalho e do medo após o acidente ocorrido na unidade da Tequimar em Santos–SP, em maio de 2020, a direção da empresa na Bahia instaurou um clima de cobranças e excesso de trabalho, levando todos à exaustão. Falta total de consciência de que a empresa movimenta combustíveis e produtos inflamáveis derivados de petróleo, que são essenciais para o funcionamento do Polo Petroquímico.
Perdas e arrochos salariais – Mesmo não enfrentando problemas financeiros, a Tequimar/ Ultra quer impor perdas aos trabalhadores, ameaçando acabar com a HRA (Hora de Repouso Alimentação) e promover arrocho salarial com reajuste menor que a inflação.
As práticas de ameaça e de perseguição ao Sindiquímica, que defende os interesses dos trabalhadores, demonstram o desrespeito às leis trabalhistas e o não alinhamento com a administração moderna, que os acionistas da empresa gostam de propagar.
A categoria está mobilizada e planeja uma greve, ainda esta semana, caso a empresa não avance no diálogo e no atendimento às reivindicações dos trabalhadores. Já estão ocorrendo atrasos nos turnos e assembleias na entrada e saída dos trabalhadores.
O Sindiquímica está tomando as medidas cabíveis, com o acionamento da Superintendência Regional do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho e a assembleia de acionistas, que devem tomar conhecimento do sofrimento dos trabalhadores da Tequimar na Bahia.
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