O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu determinar o fim da greve dos funcionários dos Correios e o retorno ao trabalho a partir de amanhã (22). O tribunal julgou hoje à tarde o dissídio de greve dos trabalhadores da estatal, que estão parados desde 17 de agosto, diante das discussões do novo acordo coletivo.
Por maioria de votos, os ministros da Seção de Dissídios Coletivos consideraram que a greve não foi abusiva. No entanto, haverá desconto de metade dos dias parados e o restante deverá ser compensado. Além disso, somente 20 das 70 cláusulas sociais do acordo coletivo assinado em 2019 deverão prevalecer. Também ficou decidido que o reajuste salarial será de 2,6%.
Para discutir a decisão do TRT e a volta ao trabalho, funcionários dos Correios se reunirão, em todo o Brasil, em assembleia extraordinária, nesta terça-feira (22), às 19h. Na Bahia, a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Estado da Bahia – Sincotelba estará com os grevistas na Praça da Inglaterra (Em frente aos Correios).
Como principais demandas, os grevistas pedem a manutenção total do acordo, incluindo adicional de risco, licença-maternidade, indenização por morte, auxílio-creche, entre outros benefícios, e a não privatização da estatal. Eles afirmam que a empresa não está falida e que a estatal atua para retirar direitos conquistados pela categoria, inclusive os sociais, que não têm impacto financeiro.
Por outro lado, representantes dos Correios dizem que a manutenção das cláusulas do acordo anterior pode ter impacto negativo de R$ 294 milhões nas contas da empresa. Segundo eles, a pandemia afetou o caixa da estatal. A empresa também sustentou que não pode cumprir cláusulas de acordos que expiraram, sob forma de “conquista histórica” da categoria.
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