Por causa da pandemia de covid-19, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justi\u00e7a (STJ), diminu\u00edram consideravelmente os gastos com di\u00e1rias e passagens de ju\u00edzes e servidores, pagas com dinheiro p\u00fablico. A redu\u00e7\u00e3o das despesas com viagens ocorre porque os tribunais aderiram aos meios digitais para realizar audi\u00eancias e participar de eventos.<\/p>\n

Nos primeiros oito meses de 2021 (entre janeiro e agosto), foram gastos R$ 2.147.002,64 em di\u00e1rias e passagens pelo STF. Em 2020, no mesmo per\u00edodo, o total desembolsado pelo Supremo foi de R$ 2.678.886,98. Ou seja, houve uma redu\u00e7\u00e3o de 19,9% nesse tipo de despesa.<\/p>\n

Comparando 2019, quando foi gasto R$ 4.314.465,64 em di\u00e1rias e passagens, com 2020 \u2013 ano em que o coronav\u00edrus se instalou no pa\u00eds e restri\u00e7\u00f5es, como o isolamento social, foram implementadas por autoridades \u2013, o corte em rela\u00e7\u00e3o a esse g\u00eanero de despesas foi ainda maior: houve diminui\u00e7\u00e3o de 38%.<\/p>\n

No STJ, nos primeiros sete meses de 2021 (entre janeiro e julho), as passagens e di\u00e1rias de ju\u00edzes e servidores custaram aos cofres p\u00fablicos R$ 53.965,64. A quantia significa apenas 9% do total gasto no mesmo per\u00edodo de 2020, R$ 599.537,14.<\/p>\n

No primeiro ano de pandemia, comparado com 2019 \u2013 quando o STJ desembolsou R$ 1.352.526,59 no ano inteiro, tamb\u00e9m houve uma redu\u00e7\u00e3o consider\u00e1vel nos custos com viagens: 56,7%.<\/p>\n

Os dados foram levantados pelo\u00a0Metr\u00f3poles, com base em informa\u00e7\u00f5es do portal da transpar\u00eancia do STF e do STJ, levando em considera\u00e7\u00e3o os per\u00edodos disponibilizados pelas respectivas Cortes.<\/p>\n

No STF, qual ministro gastou mais em 2020?<\/strong><\/p>\n

O Supremo disponibiliza os gastos dos ministros com passagens \u2013 sejam nacionais ou internacionais \u2013, que n\u00e3o s\u00e3o somados aos de servidores e ju\u00edzes. Na p\u00e1gina do tribunal ainda n\u00e3o consta este ano, mas 2020. As despesas com voos pela For\u00e7a A\u00e9rea Brasileira (FAB) n\u00e3o est\u00e3o inclusas.<\/p>\n

Ao total, os ministros desembolsaram R$ 104.723,66 em passagens a\u00e9reas no ano passado, em meio \u00e0 pandemia. O ministro que mais gastou com viagens foi o presidente do STF, Luiz Fux, com o montante de R$ 30.116,97 em oito trajetos diferentes.<\/p>\n

Veja o ranking:<\/p>\n

– Luiz Fux \u2013 R$ 30.116,97
\n– Gilmar Mendes \u2013 R$ 19.277,31
\n– Roberto Barroso \u2013 R$ 16.359,49
\n– Alexandre de Moraes \u2013 R$ 9.875,83
\n– Dias Toffoli \u2013 R$ 8.790,70
\n– Ricardo Lewandowski \u2013 R$ 6.704,52
\n– Edson Fachin \u2013 R$ 5.973,76
\n– Rosa Weber \u2013 R$ 5.065,41
\n– Nunes Marques \u2013 R$ 2.641,91
\n– A ministra C\u00e1rmen L\u00facia foi a \u00fanica que n\u00e3o gastou com viagens em 2020.<\/p>\n

Trabalho remoto<\/strong><\/p>\n

Em 2020, o teletrabalho foi regulamentado pelo Conselho Nacional de Justi\u00e7a (CNJ), e, neste ano, acabou sendo ampliado para cargos de chefia e diretoria na Justi\u00e7a. A medida foi tomada para evitar a prolifera\u00e7\u00e3o da Covid-19.<\/p>\n

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