De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até o último domingo (11), o estado do Amazonas chegou a registrar 15.700 focos de incêndio ativos, superando o próprio recorde no número de queimadas. Em 2005, ano do recorde anterior, o acumulado do ano inteiro foi de 15.644 focos.
As cidades mais afetadas pelos incêndios são Apuí e Lábrea, no extremo sul do estado e fronteira com o Mato Grosso. Até meados do mês de outubro, o registro dos focos dos dois municípios foi de 2.740 e 2.237, respectivamente. Segundo o Inpe, as duas cidades estão entre as dez mais afetadas pelos incêndios no país inteiro.
Ainda de acordo com o instituto, 45,6% dos casos registrados em todo o país durante o ano de 2020 aconteceram na região amazônica, que se tornou o bioma mais afetado pelas queimadas. O geógrafo e ambientalista Carlos Durigan, diretor do Programa WCS-Brasil – organização de preservação à fauna e à lugares naturais por meio da ciência – diz que a perda do patrimônio natural é incalculável. “Estamos perdendo um patrimônio de valor incalculável, como biodiversidade, floresta, serviços ecossistêmicos e qualidade de vida” afirmou Durigan.
Na Tabela de Monitoramento dos Focos Ativos por Estado do Inpe, o mês de agosto registrou o maior número de queimadas em um único mês nos últimos 22 anos, foram 8.030 casos de incêndios em todo o estado do Amazonas.
Com informações do G1.
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