Covid-19: Brasil alcança marca de 300 mil mortes

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O Brasil chegou a 300 mil mortes por Covid-19 nesta quarta-feira (24). A confirmação da marca chegou após dez estados enviarem dados sobre óbitos nas últimas 24 horas. Foram eles Alagoas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins.

Todos os dias pela noite, o consórcio de imprensa divulga o número de mortes por Covid-19 em 24 horas com base nas informações passadas pelas secretarias estaduais e distrital de Saúde.

O Brasil é o segundo país com mais mortes por Covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que até esta terça-feira (23) tinha mais de 544 mil mortes pela doença. No entanto, os números de mortes em 24 horas do Brasil nas últimas semanas são os mais altos do mundo no momento. Nesta terça-feira (23), pela primeira vez desde o começo da pandemia, o país ultrapassou a marca de 3 mil mortes em 24 horas.

Nas últimas semanas, o número de mortes por Covid-19 no Brasil em 24 horas é maior do que o número de mortes por Covid-19 na maioria dos países do mundo em toda a pandemia. Mais populoso do que o Brasil, com 212 milhões de habitantes, o Paquistão tem menos mortes por Covid-19 durante a pandemia do que o estado da Bahia. O país asiático tem pouco menos de 14 mil óbitos pela doença, enquanto a Bahia, quarto estado mais populoso do Brasil e sexto com mais mortes por Covid-19 no país, tem mais de 14 mil vítimas do vírus Sars-Cov-2.

A vacinação contra a Covid-19 começou no Brasil no dia 17 de janeiro, em São Paulo, e na Bahia no dia 19 de janeiro, em Salvador. De lá para cá, 12,7 milhões de pessoas foram vacinadas no país com pelo menos a primeira dose, o que equivale a 6,04% da população, segundo o consórcio de imprensa. Pouco mais de 4 milhões já receberam as duas doses, o que equivale a 2,05% da população. Todas as vacinas contra a Covid-19 aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) têm eficácia de 100% contra casos graves e moderados e são eficazes contra a variante do Amazonas, são elas a CoronaVac e as vacinas da Oxford/AstraZeneca e da Pfizer/BioNTech. No entanto, a eficácia só é garantida 20 dias após a aplicação da segunda dose. O ritmo da vacinação, aliada à preocupação de alguns setores da economia, fez com que banqueiros e economistas enviassem uma carta que foi direcionada ao Ministério da Saúde e aos presidentes da Câmara, Senado e STF, em que pressiona o poder público por medidas de combate à pandemia, entre elas a aceleração na vacinação.

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), chegou a dizer que não tomaria a vacina contra a Covid-19 e levantou suspeitas sobre sua eficácia e segurança, além de defender medicações comprovadamente ineficazes contra a Covid-19 no combate à pandemia. Defensor da continuidade das atividades, apesar do alto número de mortes, Jair Bolsonaro chegou a entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação contra os governadores que adotaram medidas restritivas no combate à pandemia através de decretos. No entanto, o relator da ação, Marco Aurélio Mello, negou o pedido do presidente da República.

Governos estaduais e distrital, além de prefeituras por todo o país, têm tomados medidas restritivas e negociado vacinas por contra própria. O Governo Federal tem cometido sucessivos erros no combate à pandemia, a exemplo da não negociação de doses com a Índia, após o anúncio de compra e o preparo de um avião, troca de quantidade de imunizantes entre Amazonas e Amapá, não realização de reunião sobre escassez de medicamentos do kit intubação por esquecimento de funcionário da Anvisa em mandar e-mail de confirmação e ocultamento de informações negativas sobre a pandemia no país, entre outras coisas. Desde que assumiu o cargo, em 1º de janeiro de 2019, Bolsonaro acumula mais de sessenta pedidos de impeachment que podem ser abertos pelo presidente da Câmara e há mais de 620 mil assinaturas em petições que pedem a destituição do atual presidente da República.

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