Depois de quase dois anos sem partido, após ruptura com o PSL, partido pelo qual se elegeu presidente da República, Jair Bolsonaro está acertando seu retorno ao PP, sigla que lidera o centrão e por meio da qual ele iniciou sua vida política.
Nesses quase 24 meses, o presidente tentou criar do zero uma legenda, a Aliança pelo Brasil, mas não conseguiu. Dirigentes do Progressistas afirmam que, a filiação pode acontecer a qualquer momento, basta Bolsonaro bater o martelo para se filiar.
Segundo integrantes da cúpula do PP, 90% dos diretórios estaduais da sigla concordam em receber Bolsonaro. A maior resistência está no Nordeste, principalmente na Paraíba, em Pernambuco e na Bahia. Mesmo assim, segundo Ciro Nogueira, isso não é mais um entrave.
Procurado pelo A Tarde, o presidente do PP na Bahia, João Leão, disse que mesmo que Bolsonaro volte para o PP, a aliança da sigla com o PT vai continuar no estado.
“Mesmo que o presidente Jair Bolsonaro volte ao Progressistas, meu interesse aqui na Bahia é seguir apoiando o grupo político que fazemos parte e governa a Bahia há 14 anos. Nossa aliança com PT, PSD, PSB, PCdoB e todas as demais siglas que compõem a base aliada do governo baiano não será abalada”.
Além de comandar a Câmara, o PP tem a quarta maior bancada da Casa, com 42 deputados. Também tem a quarta maior bancada do Senado, com 7 parlamentares.
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