Bolsonaro volta atrás e suspende compra de seringas e agulhas

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Enquanto dezenas de países já começaram a vacinação contra a Covid-19, o Brasil ainda encontra dificuldade em comprar seringas e agulhas para as vacinas que serão usadas para a imunização da população.

Nesta terça-feira (5), o Governo Federal anunciou a aquisição de 30 milhões de seringas e agulhas sem o processo licitatório normal, o que é permitido pela Constituição de 1988 em caso de “iminente perigo público”. Isso porque o pregão, na semana passada, para a compra dos insumos conseguiu oferta de apenas 2,4% do necessário para a vacinação.

No entanto, na manhã desta quarta-feira (6), o presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciou em suas redes sociais que a compra de seringas e agulhas está suspensa. A compra dos insumos, segundo Bolsonaro, só acontecerá quando os “preços voltarem à normalidade”. Na ocasião do pregão, as empresas participantes reclamaram que o preço dos insumos estava abaixo do praticado.

As negociações pela compra e venda de insumos acontecem em meio ao surgimento de uma nova variante do vírus Sars-Cov-2 e ao aumento no número de casos e mortes de Covid-19. A doença já tirou a vida de mais de um milhão e oitocentas mil pessoas no mundo, mais de cento e noventa mil pessoas no Brasil e mais de nove mil pessoas na Bahia.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), anunciou, no mês passado, a compra de 19,8 milhões de seringas por R$ 5,5 milhões. O secretário de Saúde municipal, Leonardo Prates, planeja instalar nove drive-ins em Salvador para vacinar, em um dia, 90 mil pessoas. Já o secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, suspendeu as cirurgias eletivas nos hospitais estaduais para destinar todos os recursos para o combate à Covid-19 e urgências. No entanto, o Brasil ainda não tem estimativa de quando começará a vacinação e quais imunizantes serão aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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