A invasão cometida por manifestantes pró-Trump ao Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, em Washington, repercutiu em todo o mundo nesta quarta-feira (6). Representantes de governos de diversos países emitiram nota em que expressam preocupação com a situação do país. Entre eles, estão representantes do governo da Venezuela.
Acusado de autoritarismo por Donald Trump, o governo venezuelano condenou, na nota, a polarização política nos Estados Unidos. “A Venezuela aspira que em breve esses atos de violência terminem e o povo estadunidense possa finalmente começar um novo caminho em direção à estabilidade e justiça social”, divulgou o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, em suas redes sociais.
#COMUNICADO| Venezuela expresa su preocupación por los hechos de violencia que se están llevando a cabo en la ciudad de Washington, EEUU; condena la polarización política y aspira que el pueblo estadounidense pueda abrirse un nuevo camino hacia la estabilidad y la justicia social pic.twitter.com/krqqFVV866
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) January 6, 2021
Manifestantes pró-Trump invadiram o Congresso durante a sessão de contagem dos votos do Colégio Eleitoral da eleição presidencial de 2020. No pleito, Donald Trump foi derrotado por Joe Biden. O procedimento de contar votos no Congresso é um dos protocolos antes da posse de presidentes dos Estados Unidos. A posse de Biden está marcada para 20 de janeiro.
Desde sua derrota, em 7 de novembro, Trump tem insinuado que o resultado foi fraudado. Nesta quarta-feira (6), antes da invasão ao Capitólio, Trump chegou a convocar seu grupo de apoiadores a fazer “protestos pacíficos”. Após a invasão, que teve relato de tiros, Trump pediu aos manifestantes para “se manterem pacíficos”.
A nota do governo venezuelano diz também que os Estados Unidos padecem do mesmo problema que gera em outros países com suas políticas de agressão. Em junho deste ano, o conselheiro de Segurança Nacional do atual governo, John Bolton, revelou em publicação com suas memórias entre abril de 2018 e setembro de 2019 que Trump disse que a Venezuela é parte dos Estados Unidos e que seria “cool” (termo em inglês que equivale a “bacana”) invadir o país sul-americano. Com informações de agências internacionais.
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