Auxílio emergencial, mais uma fake news do governo!

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Com os primeiros diagnósticos do novo Coronavírus no Brasil, ainda no final de fevereiro, começaram-se os debates da necessidade de se promover o isolamento social. No debate entre isolamento social horizontal e vertical, começou-se a pressão da efetividade das ações para conter a disseminação da doença, já que eram necessários alguns programas econômicos para se manter empregos, linhas de créditos para empresas e, obviamente, uma renda mínima para a população para que se garantisse a sua sobrevivência e até mesmo alguma atividade econômica.

Eis que surgiu o debate sobre o auxílio emergencial. Entre idas e vindas, propostas iniciais do governo de R$ 200,00 até chegar aos atuais R$600,00 em três parcelas, muito tempo se passou.

Após isso, observamos problemas no aplicativo para inscrição dos beneficiários, recusas sem sentido, semanas com milhões de pessoas no “em analise”, reinscrições e filas enormes.

A verdade é que até hoje, milhões de pessoas ainda não receberam nem a segunda parcela desse auxílio e aquelas que já receberam na prática não podem usar, já que o absurdo foi normalizado: as pessoas têm data certa para poderem sacar o auxílio, tendo alguns que esperar até 20 dias entre a disponibilização na conta e poderem sacar.

Mas o absurdo não para por aí: foi extinta a possibilidade dos beneficiários em receber o auxílio em conta própria, sendo todos em conta digital de um único banco e para acessa-lo é preciso utilizar um aplicativo que chegou ao absurdo de promover uma “fila virtual” onde a pessoa espera para ser atendida pelo… atendente virtual! E pasme: quase ninguém consegue ser “atendido” já que o tempo se esgota. É o cumulo do absurdo!

A verdade é que, quase 5 meses após os primeiros casos, este auxílio não atingiu nenhum dos objetivos para o qual foi criado: manter um grau de sobrevivência das pessoas, manter alguma atividade econômica, incentivar o isolamento social e, por fim, ser emergencial!

É profundamente lamentável que cheguemos agora a 2 milhões de casos no Brasil, com crescente nível de desemprego e este auxílio tenha se tornado mais uma fake news, já que milhões de brasileiros estão sendo obrigados a enfrentarem filas enormes para sacar, aumentando a possibilidade de contagio da doença e, aqueles que temem, preferem se expor nas ruas, em trabalhos informais para manter sua sobrevivência já que o auxílio não sai.

É triste assistirmos à inação do Estado brasileiro que não age para estancar a maior crise sanitária, humanitária e de gestão desta geração, assistindo a milhares de mortos, infectados e nosso povo, só ouvindo notícias de auxílio que sai, mas não chega, não saca e não paga conta. Pobre brasileiro que vê as falsas notícias se tornarem mecanismos de anúncios oficiais!

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