O Governo Federal confirmou, na tarde desta quarta-feira (6), que seringas e agulhas importadas que serão usadas na vacinação contra a Covid-19 terão impostos zerados. A decisão fez parte de um pedido do Ministério da Saúde, que foi atendido pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão integrante do Conselho de Governo da Presidência da República.
Os problemas com relação aos insumos são antigos, mas se tornaram mais evidentes na semana passada, após o pregão realizado pelo Ministério da Saúde para comprar seringas e agulhas. Na ocasião, foram ofertados apenas 2,4% dos insumos necessários para a vacinação contra a Covid-19.
O Governo Federal tomou algumas medidas para tentar minimizar o problema, como restringir a exportação dos insumos e requisitar 30 milhões de seringas e agulhas das empresas fabricantes sem processo licitatório normal.
As empresas alegaram que os preços ofertados pelos insumos estavam abaixo do praticado na ocasião do pregão. Na manhã desta quarta-feira (6), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), voltou atrás e disse em suas redes sociais que não mais requisitaria as 30 milhões de seringas e agulhas, pois esperaria os preços baixarem.
O número de infectados e mortos pela Covid-19 aumenta, uma nova variante do Sars-Cov-2, mais contagiosa, já está presente no Brasil e o país não autorizou nenhuma vacina, tampouco há estimativa do começo da vacinação contra a doença que já matou mais de um milhão e oitocentas mil pessoas no mundo, mais de cento e noventa mil pessoas no Brasil e mais de nove mil pessoas na Bahia.
Poderes públicos estadual e municipal fazem planos para o começo da vacinação e a decisão do Governo Federal de zerar os impostos das seringas e agulhas importadas que serão utilizadas para a vacinação contra a Covid-19 pode ser o começo para que o país adquira as 331 milhões agulhas e seringas pretendidas pelo Ministério da Saúde.
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